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    De Volta ao Lar

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    Mensagem por Planescaper Qui 28 Abr 2016 - 17:29

    26 de Tarkash de 1368

    Fazia algum tempo que Auron não via as montanhas de Evereska.

    Apesar do Norte ser conhecido pelo frio extremo e pelas nevascas agressivas, o sol brilhava no céu e o dia estava próximo de algo que poderia se chamar de quente. O mago caminha sem pressa pela estrada de terra batida e, em alguns lugares do caminho, poças lamacentas cobriam o caminho, tornando a caminhada não mais difícil, mas talvez menos agradável. A lama entrava pelos furos da bota de Auron e a cada passo o dragão sentia o pé escorregar. O sol começou a se por quase que no mesmo momento em que Auron alcançou a base da montanha onde estava a estrada que subia até Evereska e a cidade mineradora onde cresceu.

    Nar Annûn - Pedra que Desce ou Pedra que Afunda, em comum - na verdade não ficava em nenhuma das montanhas de Evereska, mas em uma colina escarpada que se situava à algumas horas da Última Cidade. Auron caminhava sem pressa, observando a paisagem e apreciando o sentimento que ela causava. O sol ameno aquecia a pele escamosa do mago e o vento era fresco e revigorante; o dragão se sentia bem consigo mesmo e com o propósito que agora tinha para guiar seus passos, e o que poderia colher durante o caminho era promissor! Auron se lembrou do dia em que os planos dos adoradores de Tiamat foi revelado e de tudo o que se seguiu depois disso, com o dragão surgindo para salvá-lo da morte certa e o seu renascimento, Feron não estava morto, mas havia se transformado em Auron.

    Aos poucos a estrada foi se tornando cada vez mais íngreme e o esforço aumentava na mesma medida. O suor escorria pelo rosto do mago e agora, sem sobrancelhas, as gotas de água salgada iam direto para os olhos do dragão, fazendo com que eles ardessem e obrigando Auron a parar algumas vezes para lavar o rosto. O mago tinha conseguido percorrer boa parte do caminho junto de um mercador que seguia para o norte, deixando Auron em um vilarejo que fica cerca de uma hora de caminha distante de Evereska. O cheiro do lugar também trazia boas lembranças, e o dragão desejou muito comer novamente a comida de seus pais.

    O pequeno vilarejo surgiu para Auron como sempre sugira antes: calmo e familiar. O mago entrou nas pequenas e caminhava por elas com um sorriso no rosto, tão alegre que o mago tinha esquecido de que agora ele não era mais “ele mesmo”. Auron passava pelas pessoas e as cumprimentava, chamando-as pelo nome e sorrindo, mas depois da terceira ou quarta pessoa que se afastou com uma expressão de receio no rosto, o dragão se lembrou que não era mais um elfo chamado Feron. Olhando ao redor, Auron notou que todos o olhavam com desconfiança, um estranho em sua própria cidade. Um enorme desconforto se abateu sobre o mago, fazendo com que toda a alegria que sentia quase que sumisse por completo. A sensação que Auron tinha agora era a de comer uma das tortas de sua mãe e sentir o gosto de bile. Não demorou muito e o dragão estava na porta da casa de seus pais, mas agora passava pela cabeça de Auron qual seria a reação deles diante de sua transformação.

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